Eram dias como estes —
tão longos que pareciam não ter fim,
tão tristes que eu achei que não ia suportar.
E então você chegou.
Como a brisa.
Tão suave,
que quando percebi…
já havia aprendido a te amar.
Vivemos dias felizes.
E dias tristes também.
Momentos complicados,
mas cheios de amor.
Mas, como um furacão,
tudo se transformou.
A mesma brisa que te trouxe,
também te levou.
Agora, em dias como estes,
me sinto perdida,
sem direção,
vivendo no limite,
sem razão.
São dias que custam a passar.
Dias pesados, reais demais,
que me forçam a aceitar
que tudo aquilo em que eu acreditava
acabou de desmoronar.
Coisas assim acontecem o tempo todo —
a vida está passando lá fora,
e eu aqui,
trancada no meu quarto,
me reconstruindo mais uma vez,
secando lágrima por lágrima.
Mas eu sei.
Logo menos,
um sorriso vai nascer no meu rosto.
E com ele,
a lembrança vai desbotar devagar...
até quase não doer.
Até quase não existir.
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